“Como você vê o futuro, determina suas ações no presente. Essa simples e poderosa afirmação pode ser transformadora.” – Sabina Deweik, futuróloga e caçadora de tendências.
Nós nunca mais seremos os mesmos. As incertezas que nos acometeram em 2019, com o começo da pandemia, nos fez perceber o mundo com outros olhos. Qual será nosso futuro? O que podemos esperar daqui pra frente?
O que você imagina é o que você cria. Para Stuart Candy, futurólogo membro da Carnegie Mellon University’s School of Design trabalha com escolas públicas e privadas ao redor do mundo para imaginar diversos “futuros possíveis”, esses estudos prevém acontecimentos e tendências. Quando olhamos para o futuro, podemos agir no presente, para criar um cenário de um futuro melhor.
Aqui, a palavra-chave é AGIR. O objetivo do estudo é provocar mudanças e criar soluções para os problemas antes de que eles nos atinjam, ou até, fazê-los desaparecer antes mesmo que aconteça.
Hoje, através desses estudos, podemos nos planejar para criar soluções práticas: “Como vamos tratar da saúde de nossos oceanos, da sobrevivência de nossas florestas ou como vamos curar nosso tecido social? Como vamos cuidar da saúde mental de tantas pessoas no mundo?”, indaga Deweik, em um artigo publicado no blog O Futuro Das Coisas.
Deweik fala da importância da positividade ao pensarmos em futuro. Para ela, é importante pensarmos num futuro ideal, um futuro que queremos, e agirmos para que isso se torne realidade.
“Ao enxergarmos o futuro de modo positivo, nós podemos construir um bom futuro” – Gerd Leonhard, futurólogo e escritor.
Algumas considerações para ativamente pensar no futuro:
Mudanças: “O futuro é outro lugar”. Para nós, é mais fácil pensar no futuro como uma extensão do presente, mas, na verdade, o futuro muitas vezes não é o mesmo, ou mesmo semelhante, tudo pode mudar a qualquer momento e é importante aceitar as mudanças, não lutar contra elas.
Diversidade: “Qualquer imagem do futuro é incompleta.” Pense em “futuros” em vez de “o futuro”. Uma única imagem do futuro geralmente resulta no seu ponto de vista de futuro. Suas visões não necessariamente se tornam realidade, se você não acrescentar a vivência e realidade do outro.
Profundidade: “Não fale apenas sobre o futuro – experimente-o.” Para pensar em futuro, é preciso ser multissensorial e utilizar diversas formas de expressão. Muitas vezes, descrevemos o futuro em relatórios e gráficos, mas podemos também desenhar, utilizar texturas, cores, músicas, arte.
Projete o futuro: Em última análise, queremos trabalhar para criar futuros desejados. Usar as ferramentas da diferença, diversidade e profundidade pode nos ajudar a fazer essa mudança. “A única maneira de provar a si mesmo que você tem poder é usá-lo”, disse a afro-futurista Octavia Butler. Não temos que esperar passivamente pelo futuro; podemos moldá-lo ativamente e começar hoje a construir soluções.
“O futuro não está pronto e acabado. A cada dia, a cada escolha, o rio do Tempo se abre em um delta de Amanhas possíveis. O curso que a realidade irá seguir depende cada vez mais de nós, como atores do Antropocentro, na construção do porvir.”
Fonte: NBS, O Futuro das Coisas
