Recentemente, a Guardia Civil espanhola apreendeu 30 toneladas de maconha. Aparentemente, a cannabis não tinha THC, sendo destinada para uso medicinal.

No início de novembro, foi divulgada a maior apreensão de cannabis da história, na Espanha, de acordo com a Guardia Civil espanhola.
A “Operação Jardim” aconteceu dia 27 de outubro em Toledo, Ciudad Real, Valência e Astúrias.
Os 32 370 quilos de maconha foram encontrados em várias fases de processamento, incluindo plantas e material já embalado a vácuo e pronto para venda. Parte destinava-se ao mercado interno e outra parte deveria seguir para Alemanha, Países Baixos e Bélgica.
Nas contas da Guardia Civil, a quantidade da erva apreendida equivalia a mais de um milhão de plantas e o material equivalia a 64 milhões de euros.
Na operação, ainda foram presas 20 pessoas – nove homens e onze mulheres entre os 20 e 59 anos.
Porém, um pouco depois de divulgada a Operação Jardim, o jornal El País entrevistou o dono da suposta ”plantação ilegal”, Francisco Gómez Carbo, que, na realidade, é da E-Canna Farming, uma empresa regulamentada de processamento de cânhamo.
Ele afirma que todo o carregamento era destinado à produção de remédios à base de cannabis, e que as 32 toneladas de insumos foram compradas de produtores certificados, responsáveis pela produção de cânhamo industrial, sem THC, e somente com CBD.
A confusão parece ter começado depois que os policias usaram um aerossol para identificar a presença de THC e obtiveram resultado positivo. Os resquícios do componente, segundo Gómez, são encontrados apenas nas flores da cannabis.
O empresário anunciou que vai entrar com uma ação por prevaricação contra os 14 guardas civis que participaram da operação.