Alguns fatores influenciam na decisão dos consumidores em comprar cannabis do mercado lícito e do mercado ilícito.

Um novo estudo analisou a preferência de compra de cannabis de consumidores nos Estados Unidos (nos locais onde a erva já é legalizada) e no Canadá.
De acordo com os dados publicados no Journal of Studies on Alcohol and Drugs, as decisões dos consumidores sobre comprar produtos de cannabis no mercado legal ou no mercado não regulamentado são influenciadas principalmente pelo preço e pela conveniência.
Os pesquisadores entrevistaram mais de 11 mil consumidores de maconha nos Estados Unidos e Canadá.
Os entrevistados disseram que não escolheriam a maconha no mercado legal se encontrassem produtos mais baratos e de maneira mais conveniente de fontes não regulamentadas.
“Preços mais altos e inconveniência de fontes legais eram barreiras comuns para a compra de cannabis legal”, concluíram os autores. “Pesquisas futuras devem examinar como as barreiras percebidas para a compra legal mudam à medida que os mercados legais amadurecem”.
Entretanto, um estudo de 2018, também com consumidores dos Estados Unidos e Canadá (país onde a maconha acabara de ser legalizada), mostrou que os consumidores estavam dispostos a pagar preços mais altos por produtos legais de cannabis porque acreditam que são superiores aos disponíveis em outras fontes.
No entanto, nesse estudo de 2022 – após um certo avanço da regulamentação – os consumidores reconhecem que não pagarão por produtos que consideram com preços excessivamente altos.
Ao mesmo tempo, um outro relatório, da Leafly, aponta que os locais com mercados canábicos legalizados que contam com uma legislação robusta e menores restrições às lojas de varejo são os mais bem-sucedidos em interromper o mercado ilegal.
“A maneira mais eficaz de interromper o mercado não regulamentado é que os legisladores e reguladores forneçam rapidamente aos consumidores de cannabis um mercado legal acessível”, disse o vice-diretor da NORML, Paul Armentano.
Deve-se incentivar os negócios da área, não criando restrições de mercado, para que o acesso dos consumidores a produtos licenciados seja facilitado.
Fonte: NORML