A série ”Pico da Neblina” busca retratar como seria a realidade da cannabis legalizada no país.

Lançada em 2019 e dirigida por Quico Meirelles, a série brasileira original da HBO se passa em uma São Paulo ficcional na qual a maconha foi legalizada.

O enredo é focado na história do ex-traficante Biriba (Luís Navarro), que decide deixar para trás a vida do crime e usar seus conhecimentos para vender cannabis dentro da lei junto com um sócio investidor pouco experiente, Vini (Daniel Furlan).

A partir daí ele tem que lidar com o peso e as pressões do seu passado do tráfico, ligado a seu amigo Salim (Henrique Santana), e as inúmeras armadilhas do mundo dos negócios.

Ao longo dos episódios, é possível acompanhar o despertar da economia pós-legalização e como a cultura canábica passa a integrar o cotidiano dos brasileiros, apesar da resistência de alas mais conservadoras da sociedade.

Apesar de trazer o cenário (ainda) utópico da erva legalizada no país, a série mostra aspectos completamente reais que vivemos dia a dia, como racismo estrutural, machismo, violência e comportamento do tráfico.

Pico da Neblina expõe esses problemas graves da sociedade com o pano de fundo da legalização.

A segunda temporada, lançada em julho deste ano, traz novos dilemas.

O personagem principal, Biriba, se vê forçado a voltar-se para o tráfico depois de CD (Dexter) tomar o controle da sua loja de cannabis (e da sua família).

Biriba articula a queda do chefe do tráfico, com a ajuda de velhos aliados, para sair do mundo ilegal de uma vez por todas.

Sobre a possibilidade de legalização no Brasil, retratada na série, o ator Luís Navarro disse, em coletiva de imprensa, que a maconha só será legalizada no Brasil num governo de direita.

“Quando a esquerda fala disso, é como se fosse conversa de vagabundo, mas se a direita traz [argumentos de] questões econômicas, muitos brasileiros veem de outra forma”, explicou.

O ator Henrique Santana opinou que “a maconha é legalizada no Brasil para as classes com maior porte financeiro, para eles não tem consequências pelo uso e plantio. O que a série traz como utópico é o acesso para outras pessoas trabalharem com a planta como empresa, novas pessoas tendo acesso e mulheres pretas abrindo empresas sem represália”.

Todos os episódios já estão disponíveis na HBO Max.

A terceira temporada ainda não foi confirmada pela HBO, mas os fãs da série já estão pedindo pela renovação.

Fontes: Elástica; Metróploes; Uol

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