Muitos fatores podem influenciar na qualidade das strains.

Por muito tempo, uma boa genética de maconha era aquela que causava as sensações mais fortes, ou seja, as mais potentes, com maior concentração de THC.
Porém, há muito mais por trás da excelência de uma strain. Atualmente, com tantas variedades disponíveis, é preciso olhar de forma mais holística para cada genética, considerando o perfil de canabinóide, terpenos, além da sua própria preferência e objetivo pessoal ao consumir cannabis.
Afinal, um determinado conjunto de características pode ser excelente para uma pessoa e nada agradável para outra.
Que tipos de cepas de cannabis existem?
Existem milhares e milhares de variedades de cannabis em circulação hoje.
Ano passado, o banco de dados de sementes Seedfinder registrou 22.572 variedades diferentes de cannabis. Mas além dos termos usuais como “Kush”, “Haze”, “Indica” ou “Sativa”, a maioria das variedades de cannabis pode ser organizada em três categorias gerais: Tipo I, Tipo II e Tipo III.
- Tipo I: cepas dominantes em THC, com baixa concentração de CBD. Essas cepas são melhores para quando você procura efeitos psicoativos mais fortes ou precisa dos benefícios terapêuticos de uma grande dose de THC. A maioria das flores disponíveis em dispensários costumam ser deste Tipo.
- Tipo II: Estas são cepas que têm uma proporção mais equilibrada de THC:CBD e, geralmente, contém mais CBD do que THC. Essas variedades são mais procuradas por pessoas que procuram um efeito mais balanceado, ou que desejam sentir os efeitos da maconha de forma um pouco mais sutil.
- Tipo III: Essas cepas são dominantes em CBD e têm pouco ou nenhum THC. Muitas vezes, são cepas não intoxicantes destinadas a pessoas que desejam os benefícios terapêuticos da cannabis sem a sensação de estar [email protected]
O que faz uma maconha ser boa?
Apesar das características da cannabis ainda serem muito centradas na concentração de THC e CBD, especialistas afirmam que a boa qualidade da cannabis se deve mais aos terpenos do que às concentrações de canabinóides.
O foco no THC e no CBD se deve pelo fato desses canabinóides serem os mais estudados e os componentes mais abundantes na planta. Portanto, temos mais conhecimento sobre estes compostos do que qualquer outro.
Porém, com mais descobertas sobre a cannabis, como por exemplo o efeito comitiva e a sinergia dos componentes da erva, sabemos que vários elementos contribuem para a qualidade da maconha, que vai muito além da potência.
Já existem evidências de que os canabinóides menores (que aparecem em menor quantidade na planta, como o CBG e CBN) e os terpenos também sào responsáveis pela qualidade da erva.
No caso dos terpenos, esses compostos dão o aroma e sabor característicos de cada cepa, o que também influencia fortemente na qualidade.
A indústria legal da maconha, por exemplo, está começando a priorizar perfis de terpenos ao desenvolver novas strains ou produtos.
Laboratórios e growers estão se especializando no tema para poder criar os melhores perfis genéticos.
Portanto, com mais pesquisas sobre a maconha, novas descobertas são feitas sobre as características da planta e sobre a qualidade.
A qualidade também depende da finalidade
Além disso, é importante levar em consideração que quando falamos em qualidade de diferentes cepas, essa percepção também pode mudar dependendo do objetivo e uso destinado a cada strain.
Do ponto de vista dos consumidores, as proporções de canabinóides e terpenos são os principais fatores que determinam se uma strain é boa ou não. Estes compostos influenciam nos efeitos, no aroma e no sabor da planta, e esse conjunto de características é o que influencia na qualidade das genéticas para quem vai consumir recreativamente ou medicinalmente.
Para growers, alguns outros fatores como rendimento da genética e adaptação ao ambiente também influenciam ao determinar a qualidade da strain.
Para a indústria farmacêutica e de concentrados, outros fatores têm influência na qualidade da cepa, dependendo da finalidade de uso.
Assim, em última análise, a ferramenta mais eficaz para dizer a qualidade de uma strain é o uso e objetivo pessoal por trás do consumo.
Portanto, apesar das características gerais da erva, podemos dizer que a qualidade de cada variedade é algo bastante pessoal. Por isso, é sempre importante manter um diário canábico com informações das cepas que você já provou: quais você amou (quais foram os efeitos, aroma e sabor) e quais você definitivamente não gostou.
Quem determina a qualidade, no fim das contas, é você!
Use o check in do aplicativo do Who is Happy como seu diário canábico. No seu perfil, você terá informações das strains que já provou e como se sentiu.