Depois de anos de tabu, os psicodélicos têm ganhado cada vez mais espaço na área medicinal, se mostrando como uma solução em potencial para a saúde mental, principalmente.
Confira um relato do uso de microdoses psilocibina para o bem-estar.

Nos últimos anos, as substâncias psicoativas passaram de um assunto estigmatizado para um tópico que ganha cada vez mais espaço, sobretudo na área científica e medicinal.
Já existem estados norte-americanos, como o Oregon, que descriminalizaram os psicodélicos. O próprio Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos (órgão governamental análogo à Anvisa, do Brasil) designou a psilocibina como terapia inovadora.
Nesse sentido, já existem diversos testes sendo feitos, em universidades, de psicoterapia assistida com psicodélicos. De forma menos formal, também existem pessoas fazendo uso de substâncias psicodélicas para tratar alguma questão de saúde mental, desde ansiedade até Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
Confira esse relato sobre uso de psilocibina:
Quando Jaclyn Downs, uma nutricionista de 43 anos de Lancaster, Pensilvânia, EUA, se deparou com o conceito de microdose de psilocibina – a ingestão de uma pequena quantidade de um psicoativo para um efeito sutil –, ela imediatamente lembrou de um incidente na faculdade quando uns amigos fizeram chá com ‘cogumelos mágicos’.
Jaclyn tomou apenas um gole, mas passou o resto da noite se sentindo conectada, pacífica e presente. Olhando para trás, ela percebeu que o que tinha experimentado era uma microdose.
Há três anos, Jaclyn começou a tomar microdoses para se preparar para certas situações. Ela sentia que a substância acalmava sua angústia e a tornava mais comunicativa.
Seis meses atrás, ela começou uma rotina mais estruturada com a substância, tomando um extrato de microdosagem de psilocibina a cada três dias. Isso a tornou mais calma e receptiva, diz ela, especialmente quando suas filhas de seis e nove anos brigam ou a pressionam.
“Antes eu era mais reativa – ficando brava ou irritada –, mas agora respondo mais tranquilamente”, diz Jaclyn. “A atmosfera geral da nossa casa é mais positiva.”
Uma revisão de 2020, publicada na Therapeutic Advances in Psychopharmacology, realizada com 14 pequenos estudos experimentais, concluiu que a microdosagem de LSD ou de psilocibina produz mudanças positivas sutis nas emoções e nos processos de pensamento envolvidos na resolução de problemas.
A microdosagem com essas substâncias pode favorecer o foco, calma, controle das emoções, bem como a resolução de questões do dia a dia e também mais complexas.
Você já teve experiência com uma rotina de microdosagem de psicoativos? Gostaria de ter? Compartilhe com a gente nos comentários!