Seguindo o exemplo da Weedmaps, este ano foi a vez da Leafly abrir capital na NASDAQ. A estimativa é que essas empresas estejam operando na área de 1 a 2 bilhões de dólares!
Como criador do Who is Happy, essas notícias me deixam um pouco frustrado por ver que os números que eles apresentam em aquisição de usuários não estão longe do que alcançamos com o Who is Happy.
Começamos mais ou menos na mesma época e nossos números eram mais parecidos naquele momento, mas o tempo foi passando e eles conseguiram diversas rodadas de investimento, operando em países já legalizados, e chegando a uma média de 300 a 500 funcionários em cada empresa, enquanto nós, do Who is Happy, tendo uma relação forte com a América Latina, seguimos guerrilhando em um lugar criminalizado.
Sempre contamos com freelas, e todos os envolvidos no projeto, de alguma forma, se dedicam mais por acreditar no projeto e pela vontade de fazer parte e fazer acontecer do que realmente esperando ter o retorno financeiro que o projeto poderia possibilitar no momento.
Sinto na carne o quanto o Who is Happy passa por diversos problemas quando falamos sobre captação de investimentos, o que nos impossibilita de ter um crescimento como gostaríamos. O Brasil é um país muito conservador e essa lógica também faz parte dos principais investidores do país, que estão acostumados a investir em projetos que não apresentam tanto risco (mesmo sabendo que quanto mais risco, maior poderá ser o retorno).
O projeto Who is Happy já chega apresentando risco por ser uma rede social que nunca chegou a gerar receita, o que é totalmente compreensível quando estamos falando de uma rede social, mas isso não deveria fazer parte da análise.
Se pararmos e observarmos os principais cases do mercado para entender como funciona o business, faz muito sentido trabalhar primeiro na aquisição de usuários para depois focar na retenção (manter o usuário na plataforma) e só daí entender o que esse público está buscando e quais são as oportunidades do mercado.
Não encontro esse entendimento por parte dos investidores brasileiros, e nem nunca consegui estabelecer uma conversa séria sobre redes sociais e mercado da cannabis. Precisamos de investidores que entendam o que significa esses dois players (Weedmaps e Leafly) estarem com capital aberto gerando grande valor para o mercado.
Nas próximas semanas vamos lançar um projeto bem inovador, a Clínica Who is Happy, que tem como foco possibilitar o acesso legal à cannabis a nossos usuários, através de telemedicina e parcerias com os principais laboratórios da área, ao redor do mundo.
Com a Clínica, vamos possibilitar que pessoas tenham acesso a medicamentos à base de cannabis, revolucionando a vida de diversos pacientes e transformando a vida de pessoas que, assim como eu, têm dificuldade para ter acesso a tratamentos terapêuticos com a planta no Brasil, de maneira legal.
Considero a realização de um sonho possibilitar o acesso à cannabis e também transformar a empresa em um formato comercial que faz sentido para o Who is Happy no Brasil.