O mundo das strains canábicas está em constante evolução, com genéticas aprimoradas e selecionadas aparecendo a cada dia.

Com essa reprodução seletiva, muitas variedades das últimas décadas estão desaparecendo e se tornando raridade.

Muitas linhagens de cannabis nativas da África, Oriente Médio e Sudeste Asiático estão ameaçadas devido a conflitos, mistura genética e hibridização. Outras são raras porque são variedades nativas (landraces) e são específicas de um determinado ambiente.

Também existe o fato de algumas strains serem muito cobiçadas, tornando-as difíceis de achar para comprar. Além disso, existem algumas variedades que estão parando de ser cultivadas simplesmente porque consumidores estão preferindo híbridas ”aperfeiçoadas”, mais potentes e modernas.

Conheça algumas cepas que se encaixam nestes casos e são raridade atualmente:

Oaxaca Highland

Proveniente da região de Oaxaca, no México, essa variedade era popular nos Estados Unidos nos anos 60 e 70.

Uma cepa Sativa dominante conhecida por seus potentes efeitos (quase psicodélicos), e aroma doce e picante.

Infelizmente, essa cepa praticamente desapareceu devido à hibridização (cruzamentos sucessivos) e aos níveis crescentes de violência na região mexicana, que inviabilizaram seu cultivo.

Portanto, é uma strain quase ”extinta”. No entanto, muitas outras surgiram por sua causa, como a strain Eldorado, que carrega características da original Oaxaca Highland.

(Imagem: reprodução IC Mag)

Angola Roja

A Angola Roja, também conhecida como Liamba, é uma das strains mais populares do país africano (Angola) e tem uma história antiga, que data desde antes da invasão portuguesa à região, em 1575.

Com a ocupação do território angolano, essa variedade foi levada para outros continentes e acredita-se que algumas strains das Américas Central e do Sul descendam dessa landrace.

Com a proibição em vigor no país atualmente, o acesso é dificultado, porém a Angola Roja continua sendo popular.

(Imagem: reprodução Dab Connection)

Lebanese

O haxixe do Líbano é considerado um dos melhores do mundo.

Normalmente, o haxixe libanês vem em duas variedades: amarelo e vermelho. Acredita-se que a variedade vermelha seja não psicoativo, rica em CBN e feita a partir de plantas mais maduras. O amarelo é o mais raro dos dois. É mais rico em THC, mais psicoativo e é feito de plantas mais jovens.

Apesar da forte cultura do haxixe no país, strains Indica libanesas são difíceis de encontrar. Certas empresas de sementes tradicionais, como The Real Seed Company, estão tentando preservar a landrace desta região, mas é improvável que você encontre a Lebanese para comprar.

lebanese
(Imagem: reprodução The Real Seed Company)

Colombian Red

A Colômbia é berço de variedades famosas. Quem nunca ouviu falar na Colombian Gold?

Apesar de, atualmente, a Colombian Gold ser mais conhecida, a Colombian Red já foi extremamente popular.

Na década de 1970, essa strain foi reconhecida como uma das 40 melhores strains existentes, pela High Times. Porém, por ser uma cepa difícil de cultivar, que tende ao hermafroditismo, a Colombian Red praticamente saiu de circulação.

Bancos de sementes estão tentando estabilizar essa landrace para trazê-la de volta.

colombian red
(Imagem: reprodução Reddit)

Greek Kalamata

É muito difícil ouvir falar de strains provenientes da Grécia, principalmente devido às duras leis proibicionistas do país.

Porém, a Greek Kalamata é uma strain extremamente antiga proveniente de terras gregas.

É uma Sativa dominante e, possivelmente, tem raízes em cepas do leste asiático de 1.100 d.C. e em algumas genéticas africanas.

Essa variedade tem um alto teor de THC e produz efeitos intensos.

Infelizmente, é praticamente impossível encontrar essa strain atualmente, o que a torna uma das mais raras da lista.

(Imagem: reprodução Herb)

Parvati

Essa variedade é nativa do Vale Parvati do Himalaia indiano.

Cheia de resina, a Parvati é usada para fazer charas, um tipo de haxixe feito à mão na Índia, Nepal e Paquistão.

Alguns bancos de sementes preservam a Pavarti. Porém, em sua forma de bud, é muito rara de se encontrar, visto que sua região de origem é remota e de difícil acesso. A strain é tão rara que não há informações precisas sobre a quantidade de THC e CBD que ela possui.

(Imagem: reprodução The Real Seed Company)

Molokai Frost

Esta cepa não é tão rara quanto outras nesta lista, mas é difícil de encontrar. Molokai é uma landrace havaiana com um teor de THC bastante potente, chegando a cerca de 22%.

Essa variedade era popular na era hippie, mas não é vista há algum tempo.

(Imagem: reprodução Pacific Seed Bank)

Essas cepas são apenas uma pequena parte de strains raras, que já foram populares no passado, mas hoje estão praticamente extintas.

Embora grandes bancos de sementes e biólogos trabalhem para preservar genéticas antigas, cabe também aos criadores de strains preservar alguns cultivares de cannabis não hibridizados.

Por mais que novas variedades surjam a cada dia, é fundamental conservar linhagens que já fizeram história.

Se você quiser mais informações sobre diferentes cepas, acesse o Guia de Strains do Who is Happy!

Fonte: Herb | Imagem de capa: reprodução High Times

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