Já faz 7 anos que eu estou no mercado da cannabis e sempre recebo a mesma pergunta: “Como eu faço para entrar nesse mercado?”
Sempre apresento a mesma resposta: a melhor forma de entrar no mercado canábico é, primeiramente, buscando informação sobre o assunto, entendendo melhor sobre a maconha (sua história, potenciais, políticas de legalização e proibicionistas) e tudo que está rolando nesse universo, bem como acompanhar a realidade do mercado em outros países e do mercado canábico brasileiro, que vem se desenvolvendo a cada dia.
Quando comecei, tinha pouca informação disponível em português e faltava a conexão entre os consumidores de cannabis. Era muito difícil achar informação confiável sobre o assunto na internet, todas minhas pesquisas eram feitas em inglês, o que dificulta muito o acesso do público brasileiro.
Para resolver a questão da troca de conhecimento entre consumidores, resolvi criar o aplicativo Who is Happy, ajudando na conexão entre os usuários de maneira segura, através de criptografia. Quanto ao problema ligado à informação de qualidade (em português) sobre cannabis criei o Ganja Talks, o que possibilitou diversas pessoas a terem acesso a conhecimentos sobre a planta.
Com a mudança de paradigma sobre a maconha que estamos observando – refletida em mais países legalizando e mais pessoas aceitando os usos -, temos hoje, no Brasil, diversas contas em redes sociais, portais de notícias, websites, canais no Youtube, podcasts e até mesmo livros sobre o tema, o que facilita muito o acesso a informações e troca de conhecimentos entre a comunidade canábica.
A tecnologia também contribuiu muito para facilitar o acesso e maior divulgação de informações sobre o universo da maconha.
Todo esse cenário ajuda muito [email protected] que querem trabalhar no mercado canábico, pois é mais fácil encontrar oportunidades e se conectar com pessoas que estão dentro desse mercado.
Para quem quer empreender na área, tudo está mais fácil hoje em dia também, pois os principais dados, informações, conhecimentos e possibilidade de conexões estão amplamente disponíveis na Internet.
Se você tem uma ideia, faça bastante pesquisa para entender tudo que pode estar por trás dessa possível inovação, depois de ter bastante informação, o próximo passo é compartilhar sua ideia com o maior número de pessoas possível, em busca de feedback e para entender o que você pode melhorar ou fazer diferente, a fim de aprimorar sua ideia.
Muita gente não concorda com esse posicionamento, por acreditarem que podem roubar suas ideias, mas a verdade é que se alguém conseguir roubá-las, é porque você não teve a capacidade de fazer acontecer e precisa aprender com isso.
Eu vejo que empreender é mais sobre pessoas do que ideias!