Existem drogas legais e drogas ilegais, o álcool é uma droga legalizada, o café e o Rivotril também. Cannabis, LSD e mescalina são drogas ilegais. 

O que separa drogas permitidas e proibidas são precedentes culturais e históricos e o que qualifica as drogas como ”recreativas” é seu uso por prazer ou lazer.

Ao consumir qualquer substância, independente de ser lícita ou ilícita, é fundamental entender seus efeitos e propriedades, a fim de evitar sérios riscos para a saúde. Por alterarem funções do nosso organismo, as drogas apresentam diferentes níveis de toxicidade

Pesquisas científicas baseiam a toxicidade pelo pelo nível de efeitos negativos e riscos que a droga pode causar. Mas como calcular os riscos?

A maneira mais comum, na comunidade científica, é considerar a proporção entre a dose efetiva/benéfica de uma substância e sua dose letal. Quanto menor a proporção, ou seja, a dosagem benéfica está muito próxima da dosagem letal, mais nociva é a substância.

Um outro fator importante ao considerar os riscos das drogas está no modo de consumo/absorção no organismo. Do menos tóxico para o mais tóxico, as rotas de consumo são: comer ou beber, depositar na narina, inalar ou fumar, e injetar na veia. 

Existem outras variáveis que influenciam na estimativa de toxicidade de cada substância, porém, com muitos estudos e análises laboratoriais, a comunidade científica conseguiu classificar as principais drogas, de mais tóxica e letal para menos tóxicas e letais, em termos fisiológicos.

Classificação por toxicidade

A drogas recreativas mais tóxicas são a heroína e o GHB (gama-hidroxibutirato), a proporção entre a dose efetiva/benéfica e a dose letal é de menos 10, ou seja, é uma linha tênue, e apresentam altos riscos.

A maioria das drogas recreativas apresentam dose letal de 10 a 20 vezes maior do que a dose efetiva/benéfica. Exemplo destas são: cocaína, MDMA e álcool. 

Um grupo de drogas recreativas menos tóxicas, cuja dose letal é de 20 a 80 vezes a dose ”benéfica”, são Rohypnol (um benzodiazepínico) e mescalina. 

As substâncias menos tóxicas, são aquelas que a dose letal é 1000 vezes maior do que a dose benéfica. Nesta categoria se encontram psilocibina, LSD e maconha. 

Porém, pelo fato de não existir nenhum caso relatado de mortes por maconha, a dose letal é desconhecida, isto é, não se aplica. 

Fonte: American Scientist. Título: ”proporção entre dose letal e dose efetiva”. A seta para cima aponta para drogas ”menos letais que o álcool” e a seta para baixo mostra drogas ”mais letais que o álcool”.

Nível de vício

É importante destacar que para esse estudo sobre toxicidade não foi levada em consideração a probabilidade do indivíduo viciar na substância, ainda que muito do vício e overdose se liguem com toxicidade.

O estudo aponta que o nível de vício de uma substância deve ser calculado por sua ”proporção de captura” (capture ratio), ou seja: do número de pessoas que experimentaram uma determinada substância, qual a porcentagem que se tornará fisio ou psicologicamente dependente por um período de tempo?

Neste quesito, heroína e metanfetamina são classificadas como as mais viciantes. Cocaína, pentobarbital, nicotina e álcool vêm em seguida, seguidos, possivelmente, de cafeína. 

Alguns alucinógenos, como LSD, mescalina e psilocibina apresentam pouco ou nenhum risco de dependência.

Por fim, essas comparações e classificações não levam em conta comportamentos de risco ou agressivos, que às vezes estão relacionados com o uso de drogas. Nesse caso, a maior parte de confrontos violentos, estupros, suicídios e acidentes automobilísticos estão diretamente relacionados com o abuso de álcool

Portanto, fica claro que a classificação entre lícito e ilícito não garante muita coisa quanto à saúde pública. Algumas substâncias fortemente repreendidas apresentam menos danos do que substâncias amplamente aceitas e utilizadas socialmente.

Fonte: American Scientist

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